O ministro da Secom alerta para ameaças à democracia com avanço do extremismo
O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República do Brasil (Secom/PR), abriu a mesa de parceiros do Sul Global no evento sobre integridade da informação do grupo de trabalho de Economia Digital do G20, na terça (30/4), em São Paulo. Pimenta demonstrou preocupação sobre o avanço do extremismo violento e antidemocrático em todo o mundo, com impactos à estabilidade política e econômica dos países. “A forma de comunicação e a própria conexão da desinformação e do discurso de ódio com a cultura política local se dão de formas diferentes em cada país. Por isso, soluções locais e diferentes precisam ser discutidas”, declarou Paulo Pimenta.
Quando decidimos pautar o tema da integridade da informação no G20, entendemos que seria preciso buscar ampliar a visão comum sobre o tema, superando diferenças políticas e de realidade local” disse Paulo Pimenta ministro da Secom.
“Quando decidimos pautar o tema da integridade da informação no G20, entendemos que seria preciso buscar ampliar a visão comum sobre o tema, superando diferenças políticas e de realidade local. Também identificamos a necessidade de fortalecer o diálogo com países da América Latina e do Sul Global”, explicou o ministro.
Segundo Pimenta, parte dos problemas que vivemos no Brasil dialogam mais com a realidade da Índia, da África do Sul, do México e das Filipinas do que com a Europa e a América do Norte. Essas diferenças se devem à identidade própria de países em desenvolvimento, com desafios econômicos e desigualdades estruturais. “A concentração das plataformas de redes sociais no Norte Global, também precisa ser vista como parte do processo de reforço dessas desigualdades”, disse Paulo Pimenta.
Parte dos problemas relacionados ao funcionamento das plataformas digitais acontece a partir de dados e realidades políticas do Norte, o que dificulta a compreensão das realidades locais. “Entendemos que é importante estabelecer um espaço para discutirmos entre governos e organizações do Sul Global, com a participação de governos, organizações da sociedade civil e organismos internacionais”. disse Paulo Pimenta.